Post: Leo Sanacar.
Ocorreu nos dias 3 e 4 de abril o festival Quilmes Rock, em Buenos Aires, onde a atração principal em ambos os dias era a banda Foo Fighters. Realizado no Estádio Monumental de Núñes – estádio do River Plate – o festival tinha uma estrutura muito boa e simples. O palco bem amplo e alto, o som muito bom e telões espalhados pelo estádio.
Ocorreu nos dias 3 e 4 de abril o festival Quilmes Rock, em Buenos Aires, onde a atração principal em ambos os dias era a banda Foo Fighters. Realizado no Estádio Monumental de Núñes – estádio do River Plate – o festival tinha uma estrutura muito boa e simples. O palco bem amplo e alto, o som muito bom e telões espalhados pelo estádio.
O mais estranho do festival feito pela Quilmes, marca de cerveja argentina (que pertence a AMBEV agora) é que não havia bebidas alcoólicas no evento! Como pode?! Um evento realizado por uma marca de cerveja não vender cerveja?! Estou me perguntando isto até agora, mas tudo bem... A questão de emergência (saúde) foi bem falha. Vimos uma cena abismática, um cara teve convulsões e com isso abraçou a sua companheira e não conseguiam se soltar. Dois seguranças ajudaram a moça a se soltar do abraço incontrolado do cara. Demorou cerca de 15 minutos ou mais para aparecem os paramédicos para retirarem o cara do chão.
Chegamos em Buenos Aires dia 02 a tarde e fomos buscar nossos ingressos na bilheteria do estádio. Por lá encontramos a galera do Raimundos na fila para pode pegar os tickets para curtir Foo Fighters.
Leo, Caio, Marquim, Fred e Rafael
Nos dias seguintes a tarde fomos turistar. Conhecemos La Bombonera, La Casa Rosada, Puerto Madero...
La Bombonera é bem pequeno, porém alto! A torcida fica bem próxima ao campo.
A casa rosada é bonita, mas é só tirar fotos e valeu.
O puerto madero é bem legal, tem uns restaurantes e bares legais, barcos-museu no rio, vale a pena!
No dia 3 de abril o line up foi Jauria, Crosses, Band Of Horses, MGMT e Foo Fighters. O público não era tão grande, creio que a metade da capacidade do estádio. Eu e meus companheiros de viagem, Paola e Rafael Resende (Banda Sanz), chegamos no evento já no final do show do MGMT, que era a penúltima banda. Visto que as bandas do festival não eram do nosso agrado musical, optamos por ir mais tarde e poupar energias para o show do Foo Fighters. Ficamos relativamente próximos do palco e com certa comodidade, já que não estava tão cheio.
O show teve duração de 2h15 mais ou menos. Tocaram 8 das 11 músicas do Wasting Light, uma pena! Faltou Back & Forth, A Matter of Time e Miss The Misery. Claro que tocaram vários sucessos de toda a história do FF, já que era o primeiro show da banda na cidade.
O público argentino é bem farofeiro. Mal acaba uma música e já começavam a gritar algo em conjunto. Lá pras tantas, depois de gritarem “olé olé olé olé, foo fighters foo fighters”, “ olé olé olé ole olé, argentina argentina” e “olé ole olé olé olé, Dave Grohl Dave Ghrol” o próprio Grohl falou: SO IS THAT!? OLE OLE OLE ANYTHING ANYTHING?!. Entre outras tiradas, Dave Grohl pediu várias vezes para que o público o deixasse cantar ou que fizessem silêncio, sempre de um jeito muito engraçado.
A surpresa no primeiro dia, para mim, foi a performance de In The Flesh, do álbum The Wall, do Pink Floyd, interpretado há pouco tempo em Buenos Aires pelo Roger Waters. Foi um momento muito tenso, afinal era uma das melhores bandas da atualidade tocando uma música de uma das melhores bandas da história. Todos cantaram e ecoaram a música que abre o The Wall.
Vídeo feito por mim. Foo Fighters - In The Flesh.
Além disso, teve participação especial da Joan Jett em ambos os dias, que tocou Bad Reputation com o Foo Fighters.
Joan Jett com Foo Fighters.
No segundo dia do festival que teve Massacre, Tvon The Radio, Artic Monkeys e Foo Fighters, foi muito caótico. Encontramos um amigo argentino que conhecemos em Los Angeles e fomos para um bar antes de ir para o estádio. Bebemos chopp, experimentamos o tal do Fernet, que é tão famoso por lá, e descobrimos que é muito ruim. Costuma-se tomar Fernet com Coca, a junção é a receita do biotônico Fontoura, certeza! Ruim demais. Enfim, quando íamos deixar o bar, estava chovendo pesado, porém estávamos com o tempo contado, então cogitamos ir na chuva mesmo, mas havia um problema... Estava chovendo granizo, daí bateu o cagaço de tomar pedrada na cabeça. Esperamos uns 5 minutos e fomos para o festival na chuva, já sem granizo. A chuva era muito forte, um vento frio e forte, de rachar os côcos.
Foto que tiramos da TV no bar que estávamos ilhados, em Belgrano.
Chegando ao estádio, depois de muito empurra empurra e uma espécie de suruba generalizada na entrada, pois tinha muita gente se protegendo da chuva lá, conseguimos chegar numa arquibancada coberta no lado oposto ao palco, onde era disponível a quem estava na pista(campo). Dado isso, com o estádio com 2/3 ou mais da capacidade, o show começou, porém havia algo estranho. Os holofotes do estádio estavam todos acessos, parecia estar de dia, e não os apagaram após o começo do show... Durante o show do Foo Fighters, o vocalista explicou que a chuva quebrou algumas coisas do palco e vários spots de luz no estádio, daí os holofotes estarem ligado, falou também que gostou da experiência, já que dava para ver todo mundo muito bem.
Holofotes acessos, deixando a noite quase dia!
Visão da galera, com os holofotes.
Com o repertório bem similar, porém com ordem das músicas diferentes, menos músicas do Wasting Light e mais sucessos como Generator, o segundo dia deixou a plateia mais animada, mesmo com todas as controvérsias que aconteceram antes de tudo começar...
A surpresa deste dia, apesar de tocarem In The Flesh novamente, foi o vocalista Dave Grohl tocar bateria durante o show, fato que me deixou emocionado, visto que me inspirei muito nele quando comecei a aprender a tocar bateria. Teve um momento do show que ele ficou duelando com o guitarra solo e mandou mal, daí ele disse: “Come on! I’m a drummer!”. Então todo mundo começou a pedir para ele tocar bateria. Não deu outra, abriu um sorrisão, correu pra batera e passou o mic pro Taylor(batera).
Dave Grohl na batera e Taylor Hawkins na voz.
Quando o show acabou começou a maré de desgraças (rs), andamos para a avenida próxima ao estádio para pegarmos um taxi, contudo não havia trânsito de carro na avenida porque ela estava completamente alagada, com cheiro de esgoto. Para o nosso desespero precisávamos atravessar o rio formado para poder pegar taxi na avenida seguinte. Depois de muitas estratégias e artemanhas, conseguimos não pisar fundo na água imunda. Na avenida seguinte conseguimos pegar um taxi e o fdp nos enrolou e acabamos pagando 2 ou 3 vezes o valor, mas tá valendo, foda-se! Estávamos muito cansados e querendo chegar no hotel logo.
No dia seguinte, 05, queríamos almoçar no Hard Rock Café e aproveitar para comprar uma camisa, já que coleciono camisas do HRC... Então tomamos um metrô e no caminho, um cara que estava tomando um líquido amarelado numa garrafa de água começou a vomitar perto da gente dentro do metrô (estávamos de chinelo pq os tênis ficaram ensopados =/). Estranhei o líquido amarelo estar numa garrafa d’água e o cara ainda ficava vomitando pelo vagão todo, então todos começaram a correr para um lado ou para outro. O filho de uma puta, que cheguei a ter dó, fez aquilo só para distrair todo mundo e os comparsas roubaram meu celular, o celular e a carteira da Paola. Fomos inocentes, a verdade é que Buenos Aires é tão perigosa ou mais que São Paulo ou Rio...
Buenos Aires é um lugar onde a população, no geral, é completamente sem educação, grossa e a cidade tem lixo por toda parte. Valeu conhecer, mas não pretendo voltar lá. Os próprios argentinos dizem que o povo de Buenos Aires é arrogante e mal educado. Se eu voltar na Argentina, irei para Cordoba, Bariloche, Patagônia...
Eu, Paola e Rafa (Sanz)
Eu e Paola, curtindo o showzasso do Foo Fighters!
Agradeço a parceria da Paola e do Rafa! Duas pessoas que contribuíram para que essa viagem tenha sido irada, apesar dos pesares!
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