sexta-feira, 23 de março de 2012

Adolescentes, Brasília e Roquénrou

Andando pelas festinhas e botecos de Brasília ultimamente não podemos deixar de perceber ao olharmos para os lados o que salta aos olhos: Crescemos.
As festas já estão tomadas por gatinhas de 15, 16 e 17 anos com seus corpos que escondem a idade, e toda aquela jovialidade! Hahahah, atenção meninos, vale ressaltar que pedofilia É CRIME, lembrem-se artigo 2.14!!
Enfim voltando ao assunto parei para lembrar da minha, ou melhor, da nossa adolescência (visto que passamos boa parte dela juntos) e da nossa vida adulta.
Uma coisa muito curiosa dessa nossa juventude brasiliense, mais especificamente dessa nossa “galera do rock” é a coisa do lugar. Estou falando de lugar físico mesmo, ponto de encontro, de saída, de permanência.
Confesso que ja fui frequentadora de alguns pontos de Brasília, (não muitos visto que passei parte da minha adolescência morando fora da cidade, mas aos 17 anos estava aqui vivento toda a minha brasiliensidade), já curti muito os showzinhos de rock e tardes de tédio com essa galera.


Umas das tardes na Best, com alguns conhecidos e alguns randômicos



O Cedec, a praça da palato, a porta do pátio Brasil e até, em menor escala, a Best Play (lan house na frente do Sigma da asa sul), já foram pontos garantidos da galera. Eram lugares que a gente podia ter certeza que ia ter alguém por lá a qualquer hora do dia.
Acho que somos, falo em grande escala, bem territorialistas!
Pedaços de calçada se tornam sofás, grama na sombra se torna cama, copo de plástico se torna taça, mesas de madeira podre tornam-se escrivaninha e assim por diante. Todos os dias nos reuníamos para ficar simplesmente “de boa”, beber litros de coca-cola ou algum álcool barato (claro que nem todos bebiam) . Nesses lugares bandas se formaram, casais se conheceram, amigos brigaram... as coisas giravam muito em torno daquilo, escola e pátio brasil ou escola e Best Play ou seja lá qual fosse o lugar do momento. O próprio nome Live Wire foi escolhido numa tarde ociosa na Best Play, mesmo lugar onde os meninos (Leo, Pumba, Tainan e Adriano) começaram a debater e formar a banda. Lá construímos laços que levamos até hoje, inclusive laços amorosos.

Meninos da Live tocando violão em algum dos nossos luais pelas ruas da cidade


Essa nossa necessidade por um lugar onde nos sintamos confortáveis e a vontade é quase onipresente em todos nós em nossos momentos adolescentes e rebeldes. O interessante é que esse lugar nunca é a nossa casa, não pode ser, afinal nossa liberdade seria comprometida. Daí escolhemos um pedaço qualquer de rua, calçada, pilotis de prédio ou lan house e transformamos aquilo na nossa segunda casa. Por essa e outras que os tais “roqueiros” (ou seja lá como somos chamados) são considerados sujos, esquisitos, isso e aquilo... Mas acho que com isso, ninguém nunca se importou, só a mãe de uns que já encontraram os filhos bêbados matando aula, ou ainda usando saia (Kilt) pelas ruas de bsb. HAHAHAHAHAHAHAHAH
Todos viviam momentos divertidos, por vezes perigosos, porém educativos. Muita solidariedade e algum desapego à coisas materiais foi aprendido alí.

Heloise e Pumba sentado embaixo do bloco da Helo, local onde muitos já passantam horas e horas filosofando, conversando, flertando e etc.

Umas das nossas reuniões na época em que a casa do Pumba era nosso refúgio de fim de semana. De cima para baixo: Leo, Adriano, Tainan, Uma cabeça não identificada, Pumba e Malu esmagada.


Hoje não sei mais onde o pessoal se encontra, a gente cresce e não tem mais tanto esse tempo livre. Outro locais se tornam nossa segunda casa, normalmente a casa de algum amigo, um CA da unb ou ainda a banca da colina. Acho que a aura meio “mendigo” sempre perdurará, ficar pela rua nos dá uma liberdade e conforto diferente do que temos em casa.
Nos mesmos vivemos mendigando, pela banca da colina, portas de supermercado e pela casa dos coleguinhas =D

Equipe Live Wire :*****

sexta-feira, 16 de março de 2012

Open Tuning

Por: Tainan Britto

E aewww!
Então, o post de hoje vai ser direcionado para guitarristas que estão interessados em open tuning (afinação aberta) para guitarra, mas nunca deram uma olhada direito no assunto. Se você já está familiarizado, esse post não vai ter sentido nenhum pra você.. =P hehehe Vou só comentar o básico do básico e colocar alguns vídeos que eu acho interessantes.

Bom, open tuning nada mais é do que afinar a sua guitarra de forma que quando tocada com todas as cordas soltas ela forme um acorde. Dentro dessa teoria podem existir infinitas combinações e variações, mas o post de hoje vai focar apenas em Open D e Open G, que são as afinações mais usuais e muito utilizadas em blues, rock e folk.

Vou colocar vídeos sobre esse tipo de afinação pra dar uma ajuda também. Infelizmente, só achei em inglês.

Open D:
Basicamente, a guitarra é afinada de forma a fazer o acorde de ré maior quando tocada com todas as cordas soltas. O modo tradicional de afinar fica assim, da corda mais grave pra mais aguda: D A D F# A D
Com esse tipo de afinação você consegue fazer acordes maiores utilizando apenas um dedo e justamento por isso é muito comum o uso de slide, pois facilita muito a utilização deste.

Por ser uma afinação muito versátil, novas possibilidades de som e formatos de acorde surgem. O som encorpado e harmonioso que ela produz, principalmente em violões de corda de aço, faz com que seja muito utilizada também para dedilhados. Justamente por isso, e por oferecer uma enorme quantidade elementos composicionais que a afinação padrão não possui, tem sido minha afinação preferida ultimamente.

Alguns músicos famosos que costumam usar a afinação aberta em ré são: Neil Young, Stone Gossard, Bob Dylan, Ry Cooder e Roy Rogers.

                                                                   
                                                                       Ry Cooder




Open G:
Como vocês podem imaginar, a guitarra é afinada de forma a fazer o acorde de sol maior quando tocada com todas as cordas soltas =P Porém, essa afinação possui uma particularidade. A corda mais grave não é afinada de forma a ser a tônica do acorde e sim a sua quinta abaixo, o que cria uma inversão. Isso faz com que muitos guitarristas quase não utilizem a corda mais grave ou façam como o Keith Richards, que arranca a sexta corda e toca guitarra com 5 cordas apenas. Esse, por sinal, é um dos motivos que muitas pessoas quando tentam tirar alguma música do Rolling Stones acham que o som não está muito parecido com o som deles. O segredo está no fato de que muitas músicas dos Stones são afinadas em open G, e essa é uma das razões que fazem com que eles tenham esses sons e riffs característicos.  Honky Tonk Women, Brown Sugar e Start Me up são alguns exemplos de músicas que possuem afinação aberta em G.

O modo tradicional de afinar em open G fica assim, da corda mais grave pra mais aguda: D G D G B D

Assim como na afinação em open D, é muito comum o uso de slide na afinação em open G, pela facilidade que esta também proporciona de fazer acordes maiores utilizando apenas um dedo. Sua utilização é muito comum por músicos de rock clássico, principalmente pela influência de Keith Richards.

 Keith Richards e sua famosa Tele com 5 cordas

Alguns músicos famosos que utilizam a afinação aberta em sol são: Joe Perry, Slash, Zakk Wylde, Robert Johnson, Johnny Winter, George Harrison e Keith Richards.

Johnny Winter




A afinação em open G também é conhecida como spanish tuning por também ser utilizada nesse tipo de música, mas isso é assunto pra outro dia.

Como eu disse, foi um post bem básico mesmo, só para dar um direcionamento pra quem estiver afim de aprofundar seus estudos nessa área.

Espero que tenha ajudado.
Bjos