terça-feira, 21 de junho de 2011

[L.A.] Festa Junina

Post por: Eli



Quando primeiramente chegamos aqui, estávamos entusiasmados com a viagem, com os cursos que estávamos fazendo, com as festas, com os shows fodas, com os pubs, com as novas pessoas, enfim com muita novidade. Com o passar do tempo, fomos vendo as inúmeras festas típicas e folclóricas que eles possuíam na América, muitas vezes até de outras influências culturais, como o Saint Patrick's Day e o 5 del mayo. Os dias foram se passando, os meses... Até que percebemos que estávamos em JUNHO, e começamos a ver por facebook vários posts de nossos amigos em festas juninas. Noooossa, isso deu um aperto no coração. Começamos a sentir uma falta de certas coisas. Da pamonha, da canjica, do quentão, do pão de queijo, do guaraná antártica, aaai.


Bandeirolas

Foi quando decidimos fazer uma festa junina nossa!! Chamamos a gringaiada toda, que ficou animadíssima, alguns amigos brasileiros que conhecemos aqui e botamos as mãos à obra. Logo em seguida nos deparamos com um pequeno problema. Como faríamos todas as comidas típicas se estávamos nos EUA e era impossível achar os ingredientes corretos? Pois nos mercados brasileiros que achamos, o preço das coisas era absurdo. Uma caixinha de pão de queijo saía mais de 5 dólares. 


Pão de queijo feito por Malu e Paola

Ainda bem que tivemos uma luz, pois lembramos que nossa amiga Paola estava vindo nos visitar. Fizemos todas as encomendas possíveis, de ingredientes não perecíveis, e Paolinha nos trouxe tudo devidamente selecionado. Finalmente pudemos começar os nossos reais preparativos juninos.


Linda Paola salvadora e seu carneirinho

Eu, Malu e Paola, as meninas da casa, começamos a procurar por receitas variadas de pamonha doce, salgada, canjica, pão de queijo, quentão, e botamos as mãos na massa. Parecíamos três roceiras de fato, sentadas na varanda, com uma saca de milho entre as pernas, arrancando palhas e palhas de milho, cortando os grãos dos sabugos (sim, fizemos pamonhas do zero). A única coisa que nos deixava mais urbanas era o fato que enquanto estávamos trabalhando, ouvíamos as músicas da Live Wire nas alturas pra quebrar um pouco o clima.


Uma pamonha sendo montada por minhas mãozinhas

Mas não pensem vocês que os meninos não fizeram nada e que todo o trabalho ficou somente para as moçoilas não. A verdade é que não confiamos muito em dar nenhuma das tarefas da cozinha, tínhamos medo que fizessem algo errado e assim perderíamos nossos ingredientes. Uma saca de milho de canjica para nós vale ouro. Assim, passamos para eles o trabalho de limpar a casa e montar a decoração.




Bigodudos da Live Wire e Vini bigodudo, nosso diretor de áudio-visual

Chegado o dia, tudo montado e prontinho, nossos convidados queridos chegaram. Até quadrilha tentamos ensinar, foi hilário, quadrilha fail totalmente, principalmente por que nem nós mesmos sabíamos dançar muito bem, talvez se tivéssemos colocado Breakdown no som teria ficado um pouco melhor. Todos ficaram empolgadíssimos, foi uma excelente festa, com muita comida e birita, é claro. O ápice foi uma amiga nossa daqui que achou e trouxe uma garrafa de cachaça. O pumba ficou muito feliz!!!


Pumba muito feliz segurando sua preciosa cachaça

O que de fato fez muuuito sucesso foi o quentão da Malu, feito com garrafas e garrafas de night train. Todo mundo virou copos de quentão, o que a princípio era pra ser somente um panelaço ao fim da noite se tornou três. Pense como esse gringos ficaram regados à cachaça e quentão. Sem comentários.


Night train usado no quentão sobre o olhar do Pumba no fim da noite

O bom disso tudo foi saber que independente de onde estivermos durante os próximos anos, sabemos que se a saudade do Brasil apertar, a gente sempre vai conseguir dar nosso jeitinho brasileiro e matar nossa vontade de ter um pouco desse país lindo pertinho de nós.


Nossa pamonha cozinhando - Ficou muito boa!

Nenhum comentário:

Postar um comentário