Por: Tainan Britto
E aewww! Esse é o meu primeiro post do ano aqui no blog, já que a Eli e o Marcel monopolizaram essa porra aqui. Venho falar sobre um dos melhores shows que eu já vi na minha vida: Mötley Crüe, com o Poison (=P) e o New York Dolls como bandas de abertura, no Hollywood Bowl, dia 14 de junho desse ano. Resolvi escrever esse post pra tentar passar pra vocês o impacto escroto que esse show teve em mim e as impressões que eu e o Marcel tivemos enquanto estávamos assistindo. Vou falar só das nossas impressões porque o resto da banda acabou comprando ingressos pra outro setor e não assistiu ao show com a gente.
Live Wire indo para o show
Tudo começou três meses antes, quando descobrimos que o show aconteceria. Eu e o Marcel fomos ao Hollywood Bowl tentar comprar os ingressos, mas eles ainda estavam a venda só pela internet. Aproveitamos que era uma tarde sem eventos e entramos no local pra pesquisar qual seria o melhor lugar pra assistir ao show. O Hollywood Bowl é uma casa de shows parecida com a Concha Acústica de Brasília, mas com uma estrutura e acústica muito melhor. O palco é muito maior, a área onde o público fica cabe 17.376 pessoas (sentadas) e possui uma divisão bem definida de setores e cadeiras. O anfiteatro está boas condições, pois possui uma manutenção constante. Além disso, fica localizado em um lugar agradável no meio dos morros de Hollywood, com vista pro letreiro, pertíssimo da Sunset Strip e da Hollywood Boulevard. Muitos nomes importantes da música já tocaram lá, como os Beatles, Elton John, Nat King Cole, Ella Fitzgerald, Billie Holiday e etc.
No dia 14 de junho, eu e o Marcel estávamos às 15h em Santa Monica tomando um chopp alemão por apenas U$2 e esperando o Adriano sair da aula de canto e a Eli sair da aula dela na MI. Depois de um engarrafamento gigantesco e de alguns problemas de aquecimento no motor do Ratão(ele estava de ressaca pois bebeu muito na noite anterior), finalmente conseguimos chegar ao Hollywood Bowl, por volta das 18h. O lugar já estava lotado, principalmente de roqueiros dos 10 aos 60 anos vestidos no estilo anos 80 das bandas que iam tocar. Tinha até coroas siliconadas usando menos roupas que meninas 30 anos mais novas. Provavelmente o Tommy Lee comeu todas elas nos seus tempos áureos.
Eu e o Marcel tomando uns bons drinks
Chegamos lá, tomamos mais algumas cervejas e nos separamos da Eli e do Adriano para nunca mais nos encontrarmos. Entramos pra procurar os nossos lugares e a primeira coisa que nos surpreendeu foi um bom atendimento dos seguranças e garçons que trabalhavam no local. Eu fiquei bem confuso quando um segurança na entrada me perguntou “por favor” se poderia me revistar. Achei muito estranho, já que geralmente eles já chegam dando tapão no saco. Fomos então procurar nossos lugares (todos os ingressos tinham lugar marcado, mas mesmo assim a galera fica em pé e agitando durante o show inteiro) e logo que sentamos um garçon apareceu e falou pra gente: “Vossas excelentíssimas senhorias desejam algo para beber?” e nós respondemos “Sim, meu bom senhor. Duas cervejas geladíssimas, por favor”.
Show do Mötley no Brasil
A primeira banda a tocar foi a dos veteranos do New York Dolls, que fizeram um show muito doido. Foi massa ver que, mesmo depois de tantas décadas, eles ainda conseguem fazer um show empolgante e que serviu de aquecimento para o que estava por vir. Logo depois o Poison subiu ao palco com Brett Michaels e seu botox e o C.C. DeVille e suas roupas purpurinadas. Apesar de não ser muito fã da banda, eles me surpreenderam fazendo um show legal e com menos erros do que eu esperava. Ainda assim, grande destaque para C.C. DeVille, que mostrou no seu solo que continua fazendo justiça á sua fama de maior catador de notas por segundo. O Poison fez uma hora de show, tocou vários dos seus clássicos e conseguiu animar as mulheres presentes.
Show do Poison
Bret Michaels
Após o fim do show, fomos pegar mais cerveja para o grande espetáculo que estava por vir e, no caminho, demos de cara com o DJ Ashba fumando um cigarro na companhia de uma mulher de procedência duvidosa. Conversamos um pouco com ele, demos parabéns pelo novo álbum do Sixx AM e tentamos tirar uma foto, mas infelizmente meu celular não tinha flash.
Minha foto com DJ Ashba
Voltamos para os nossos lugares e, assim que sentamos, começou a destruição. O Mötley Crüe abriu o show com Wild Side, destruindo tudo. Desse momento até o final do show foram 2h30 só de clássicos. O estádio inteiro urrava junto com a banda a cada hit que eles tocavam. A qualidade do som estava quentíssima. Dava pra ouvir cada instrumento perfeitamente e o mesário mandou muito bem dando destaque a cada instrumento no momento exato em que isso precisava ser feito. Os equipamentos de palco usados eram escrotíssimos e de primeira linha. O espetáculo todo não foi feito pra ser apenas um show. Foram incluídos elementos circenses e teatrais, iluminação foda, telão de LED... um grande exemplo disso foi o solo de bateria do Tommy Lee, que foi feito em uma montanha russa circular, onde a bateria ficava fazendo movimentos pendulares até ganhar mais força e completar giros de 360˚ graus.
Infelizmente, a maior parte deste espetáculo não foi levada pro Brasil quando o Mötley Crüe foi pra lá em maio. Os produtores brasileiros geralmente contratam os artistas apenas pra fazer o show e não dão o dinheiro necessário pra transportar a estrutura completa do espetáculo. Alguns outros exemplos disso são os show do Bon Jovi e do Guns, que só puderam levar para o Brasil metade dos seus equipamentos de show.
Tommy Lee destruindo tudo!
Tommy Lee de boa
Mas vamos falar do show mesmo. O Vince Neil, pra começar, cantou muito melhor que o esperado, tendo em vista que é muito fácil encontrar vídeos dele cantando mal no YouTube. Fiquei realmente surpreso. O Nikki Sixx continua carismático como sempre e com sua presença de palco monstruosa. Mick Mars é realmente uma lenda viva e só o fato dele ter uma doença degenerativa e continuar tocando melhor que nunca já fez valer a noite. E o Tommy Lee, que é o mais carismático da banda, sabe muito bem o que está fazendo e agora tem uma montanha russa pra destruir tudo.
Para resumir um pouco, vou falar alguns pontos altos da noite:
- O medley de Don’t Go Away Mad com Fuck You, do Cee Lo Green, que subiu ao palco pra cantar com o Mötley.
- O solo de bateria do Tommy Lee, ao som de Love Rollercoaster do Red Hot Chili Peppers e com a presença de uma fã gordinha que o Tommy Lee chamou pra rodar na montanha russa com ele. Ela ficou gritando infinito e batendo cabeça da forma mais engraçada que eu já vi na vida.
- Groupies gostosas dançando o show inteiro e fazendo os backing vocals.
- A declaração emocionante que eles fizeram á cidade de Los Angeles antes de Home Sweet Home.
- Home Sweet Home com o Hollwood Bowl todo iluminado com luzes de isqueiros e cantando junto.
- 2h30 pulando freneticamente com um clássico após o outro.
- A lua cheia muito foda que até o Nikki Sixx comentou.
- Mick Mars não morreu!
O set list foi:
1. Wild Side
2. Saints of Los Angeles
3. Live Wire
4. Shout at the Devil
5. Same Ol’ Situation
6. Primal Scream
7. Home Sweet Home
8. Don’t Go Away Mad (Just Go Away) com o Cee Lo Green
9. Solo de bateria (Tommy Lee)
10. Solo de guitarra
11. Looks That Kill
12. Dr. Feel Good
13. Too Young to Fall in Love
14. Girls, Girls, Girls
15. Smokin’ in The Boys Room com cover de Brownsville Station
16. Kickstart My Heart
Se isso não foi show, pohran, que que é show então...
Ass: Tainan Britto